quinta-feira, 21 de junho de 2012

15 coisas irrelevantes sobre mim


Antes de tudo eu gostaria de agradecer a Raila do Spindolando  por ter me citado no texto original dela intitulado: "15 coisas irrelevantes sobre mim...".
E como temos que indicar alguém indico a minha linda da Cabelo do Blog Café com Nostalgia  pra fazer o mesmo.

1. Minha cor preferida é azul. Porque é a cor dos olhos do meu amigo, que é a mesma cor do céu de Brasília que é a cor que emoldura minhas melhores memórias.

2. Meus dois maiores amores platônicos são por ordem de aparição na minha vida: Peter Pan e Batman. Eles são meus heróis favoritos para todo o meu sempre.

2. Eu tenho zilhões de amores platônicos. Desde o carinha da rua de baixo até um ator internacional.

4. Eu não memorizo rostos e nem nomes, então não se espante se você ficar me olhando e eu falar na sua cara que não lembro de você.

5. Eu quero comprar uma combe vermelha como primeiro carro (falo sério)

6. Eu sonho em ir pra Londres antes mesmo de Harry Potter entrar na minha vida <3

7. Meu primeiro beijo foi na 4° série, com um garoto da minha turma chamado Guilherme. E eu passei o ano todo pensando que ele era afim da minha amiga, mas era de mim. O que me remete ao numero 8 dessa lista.

8. Sou lerda. Não sei quando as pessoas se apaixonam por mim.

9. Todo livro que eu ler eu vou escolher uma casa, um distrito ou um chalé pra fazer parte. O que me torna ao mesmo tempo Grifinória, tributo do Distrito 3 e campista do Chalé 11 (Hermes). O que informa também que nas horas vagas estou em Nárnia

10. Aliás também passo um tempo em Hogwarts, Gothan City, Terra do Nunca e outros lugares legais

11. Eu escrevo fics sobre boybands. Nunca tinha terminado uma até ontem quando terminei a minha primeira fic sobre The Wanted

12. EU AMO BOYBANDS! É bobo eu sei. Mas meu coração tem espaço para 5 em especial: Backstreet Boys, Jonas Brothers, One Direction, Big Time Rush e The Wanted (por ordem de aparição na minha vida)

13. Não sei dançar e não sei cantar. Se tivesse talento pra cantar queria cantar em inglês, montar uma banda e sair em turnê mundial com uma banda composta por mim e mais quatro garotos -q  ~lombra~

14. Eu sempre vou ter amigos lindos e bonitões (e héteros). Posso ter um rolo ou uma ficada com um deles, mas eu vou sempre acabar escolhendo o guri gamer e magrelo pra ficar. Ao menos até que um desses bonitões roube meu coração de forma definitiva...

15. E o ultimo, mas não menos especial é uma homenagem ao meu irmão: eu sou muito ligada à ele, de uma forma que ele nem sabe. Mais da metade do que sou, dos meus gostos musicais, de filme e circulo de amizade inicial da escola eu herdei dele. Ele é tipo meu herói e não sabe. Pode parecer bobagem, mas só de pensar em perdê-lo eu começo a chorar >.<

FIM

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Cinco anos pra pedir desculpa


Você já sentiu um lixo? E de preferência não reciclável? Pois é, eu já.

Não estou falando de acordar com um 'very bad hair day', ou não achar nada no guarda-roupa, ou de estar vestida de forma errada na festa mais bombástica do ano. Eu falo de falarem coisas pra você ou te olharem e você se sentir suja. Suja a tal ponto que sua unica vontade é se enfiar embaixo do chuveiro e esfregar sua pele até que sangre e assim você se sinta um pouco melhor.

Quando eu tinha 15 anos eu comecei a sair com um cara chamado Marcus quatro anos mais velho que eu. Não era um namoro, não era sexo, não era amizade colorida. Não era nada. Acho que o ficar nem contava devido a poucas vezes que nos beijamos.

Eu tinha 15 anos com menos de dois meses completados, minha unica preocupação não era ir de salto pra escola ou com um cabelo legal, era saber se o livro que eu queria ler já estaria de volta a biblioteca ou se meu amigo na escola iria pra gente compartilhar jujuba. Eu era inocente (sem ironias) e era feliz. Aliás ainda sou.

Mas tinha esse cara. Ele não ia me buscar na escola, não ia na minha casa, não me levava as festas ou era da minha escola. Ele era bonito, legal e insistiu em me beijar. Eu concedi. Eu sabia que não ia dar em namoro, não cobrava e nem queria cobrar. De certa forma apenas tinha rolado, uma ou duas vezes um beijo e mesmo assim eu não estava encantada.

Numa bela tarde, na casa de um amigo estava reunida minha galera da época. Eu estava indo embora de carro, com planos para o dia seguinte (apenas sorvete) quando o vi na rua com os amigos mais velhos dele. Eu apenas me encaminhei até ele e o convidei para ir à sorveteria no dia seguinte.

Eu não sei o que deu nele ou se sempre esteve lá, mas ele me olhou de cima a baixo me avaliando como se eu fosse uma mercadoria barata num mercadinho qualquer. E eu era uma mercadoria que não o agradou. Ele estufou o peito e  falou olhando pros seus amigos: "sair com você? Quem sabe daqui uns anos." A risada dos seus amigos ecoaram nos meus ouvidos cerca de 10 segundos antes de eu voltar de onde não deveria ter saído. Eu não olhei pra trás. Não queria.

Eu acho que contar isso para o Ed e o Dani foi fácil, se bem que eles perceberiam algo devido as minhas lágrimas, mas foi meu amigo Piedro que chegou na cena segundos depois e foi lá e deu o maior e melhor soco que eu presenciei na minha vida, acertando Marcus que caiu no chão com cara de choro.

- NUNCA. MAIS. FAÇA. ISSO. COM. QUALQUER. OUTRA. GAROTA. SEU. IDIOTA. - ele berrou antes de me colocar no carro e me levar pra casa. Não tocamos no assunto, eu ainda estava anestesiada sentindo a sensação de proteção dele e a estupidez do Marcus.

Cinco anos se passaram depois disso, e eu não tinha mais meu amigo Piedro pra me proteger do meu lado, mas eu sabia me virar. Eu estava numa livraria, folheando um livro quando duas palavras me atingiram:

- Me desculpa...

Eu ergui minha cabeça e na minha frente estava o Marcus agora mais bonito do que antes, com seus 24 anos de idade e nos olhos um brilho estranho de quem estava indo para o caminho errado, seja lá qual fosse ele. Ele repetiu as duas palavras de antes e um discurso que me soou antigo, como se ele tivesse ensaiado e nunca testado.

- Me desculpa... Por demorar tanto a pedir desculpas por aquela parada do sorvete há anos atrás. Eu nunca fui bom em pedir desculpas.

Eu apenas balancei a minha cabeça e voltei minha atenção ao livro.

- Não se faça de uma pessoa melhor que eu. - ele implorou parando na minha frente ajoelhado.

- Não estou me fazendo de uma pessoa melhor. Eu apenas não sei dizer pra que você veio pedir desculpas. Cinco anos é tempo suficiente pra esquecer alguma coisa ou torná-la inesquecível. E antes que você me pergunte, eu digo que ela se tornou os dois. - ele suspira de forma estranha como se lhe faltasse ar, mesmo um pouco magoada eu não conseguia não me preocupar com ele. - Fica bem tá? Não faz loucura. - eu falei dando um beijo na sua bochecha.

Eu ergui-me de onde estava deixando ele sozinho olhando pra mim. Mesmo hoje depois de tudo eu ainda falo com ele, tratando-o com um sorriso e um murrinho de se cuida. Eu não esqueci o que ele fez, apenas parou de doer.

PS: história verídica.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Quando estar na Friendzone não é um problema

Eu estou na Friendzone de uma pessoa em especial e isso não me incomoda, aliás até agradeço por isso. Quem ler isso vai dizer que estou louca e coisas do tipo e que o Dia dos Namorados afetou minha capacidade de pensar com razão, mas não é nada disso. Eu realmente estou feliz em estar na Friendzone dessa pessoa.

Bem, vou logo dizer que esse texto tem uma razão especial: eu estava num evento nesse domingo indo mimar meu amigo (lindo, fofo, meu Pokémon em especial e meu amante) Lipe Marx com um simples pacote de jujubas estilo feijõezinhos todos os sabores quando eu ouço alguém dizer: 'ela fica mimando ele porque quer pegá-lo.' PORRA! COMO ASSIM?

Não! Não! E não! Mil desculpas ao Lipe, mas chegamos aquele nível de amizade em que sinto falta dele, ando de mãos dadas na rua, conversamos a sós e falamos sobre as nossas vidas amorosas e ainda posso levar presentes pra ele sem esperar por um beijo em troca. Acredite: isso é muito bom.

Meu amigo Lipe tem um pequeno problema: as pessoas se apaixonam por ele com uma facilidade absurda e ele se sente culpado quando não consegue retribuir uma ou outra dessas paixões (no caso quando ele está/teve algo com a pessoa, mas ficou no quase). Então, eu acho que uma amizade leve onde ele possa ser mimado, amado e paparicado sem ter que se preocupar que eu vá me apaixonar de um dia para o outro é algo que ele precisa com mais frequência e vivência na vida dele.

Não é querendo me desfazer de todos os atributos que esse meu amigo tem, mas acho que não daríamos certo como namorados ou ficantes. Há amor demais, carinho demais convertido em amizade pura e simples que não haveria o desejo carnal que alimenta tantos relacionamentos.

É, eu vou parar por aqui. Já que não quero falar de friendzones que estou e não curto muito. Mas isso não quer dizer que eu não esteja trabalhando na reversão disso rs.

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Para ler sobre Friendzone:
* Zona da Amizade por Raila Spindola

Para ler sobre Amizade
* Amizade entre Homens e Mulheres por Raila Spindola

Para ler sobre Dia dos Namorados
* Um conto de Dia dos Namorados por Márcia Thiara
* Eu gosto de carinho por Márcia Thiara
* O que os cartões de amor não contam por Filipe Marx

<3

Eu gosto de carinho



Eu gosto de carinho. Aquele espontâneo e que hoje em dia quase não vemos.

Estou falando de coisas do tipo: quando você está com pressa e faz um afago na minha bochecha ou quando recebo uma sms aleatória ou boba dizendo que algo mais aleatório ou bobo te fez lembrar de mim, e outras coisas assim.

Mas pra mim também existe outras formas de carinho e é desse tipo que eu mais gosto, algo como: uma pessoa estar entre seus amigos e sair pra dizer oi pra mim, ou até mesmo continuar lá mas sorrir ao me ver. Do tom de voz de uma pessoa ao falar meu nome, num misto de surpresa e saudade sempre acompanhado com um abraçou e/ou um beijo na bochecha que me rouba um sorriso. Gosto quando me erguem no chão e dizem que estavam com saudade. Gosto do contato das mãos uma na outra. Fico encantada observando como uma pessoa muda sua expressão facial durante uma conversa até que ela percebe que eu estou observando e fica vermelha. Oh céus! Eu estava te enamorando nesse momento!

Ah, mas também há as coisas mais pessoais: como o encostar no ombro pra dormir na volta do buzu, eu poder brincar com o lobo da orelha da pessoa e seus alargadores me distraindo completamente. Gosto de observar as tatuagens e pensar que historias elas contam. De ficar abraçada com os amigos. De sentar ao lado de um 'brother' numa festa e ser recebida com um sorriso e o começo de uma conversa, mesmo que seja curta. Gosto de elogios. Gosto de me associarem a boybands e livros que eu leio.

Enfim, eu gosto de muitas coisas e todas elas eu interpreto como forma de carinho. Pode parecer estranho e bobo, mas é assim que eu tenho meus dias felizes e meus sorrisos roubados: graças a todos vocês.

E nesse Dia dos Namorados, para quem está sozinho, comprometido, casado, enrolado, querendo se enrolar, querendo se desenrolar, procurando paz, em busca de um parceiro de vídeo-game, atrás de sexo casual ou qualquer outra coisa, quero que fique feliz. E caso o dia seja chato, ruim e estranho demais e você se sinta só, ainda vai ter um abraço meu acompanhado de um mimo e um pouco de colo.

Afinal de conta, acreditar que por cinco minutos que aquela pessoa pode ser sua pessoa perfeita pode salvar o seu Dia dos Namorados.

<3

Um conto de Dia dos Namorados



Eu não consegui abrir meus olhos, a sensação de calor na minha pele me acompanhou por muito tempo, me aquecendo e me deixando feliz. Eu estava nas nuvens e não me importava...

- Acorda, seu lombrado! - o tapa que meu amigo Carlos me deu perto do ouvido ficou zumbindo no meu ouvido por alguns segundos, mas eu não ligava eu ainda tinha aquele sol me aquecendo. Até que ele foi embora e eu acordei de onde quer que eu estivesse. - Baseado foi bom, né?

- Foi. - eu respondi seco tentando entender como eu tinha saído do parque onde estávamos todos reunidos e agora estava numa praça de alimentação observando o prato de batatas com queijo cheddar a minha frente: eu tinha fome.

Sem esperar por mais, eu as ataquei. Eu ignorei o olhar feio do meu amigo Carlos que me dizia que eu estava fumando maconha demais e passando mais tempo longe do que no mundo da realidade e apenas me concentrei em comer  aquelas batatas fritas. Mas o que me incomodava além do fato de eu estar por fora do assunto principal, era aquela sensação de sol.

- Há quanto tempo estamos nessa praça de alimentação? - eu perguntei.

Depois da risada constante dos meus amigos, obtive resposta de Guty, minha ficante não oficial.

- Há umas duas horas, eu acho. Lombra boa, hein? - ela falou piscando pra mim do outro lado da mesa antes de voltar sua atenção pra conversa.

Eu sorri de volta, mas era um sorriso fraco. Sinceramente, eu odiava o Dia dos Namorados, não que eu tivesse passado muitos sozinhos (era na verdade o oposto), mas era que mesmo dois dias depois os casais se derretiam em olhares e beijos a minha volta enquanto eu queria apenas um pouco de paz. Sem esperar muito, levantei-me da mesa e com as batatas na mão e fui para a única área com verde naquele shopping, o que era uma hipocrisia já que era a área dos fumantes.

- Refrigerante? - Cristina perguntou sentando-se ao meu lado com uma latinha de Coca fechada, objeto que devorei em segundos.

- Não sabia que você tinha voltado a beber refrigerante. - eu falei a olhando.

- Não tomo refrigerante, sou alérgica a um dos conservantes que existem em refrigerante. - ela falou olhando pra mim. - Tudo bem?

- Tudo. - eu menti, mas como ela me olhou com olhos de calma eu admiti. - Não. Estou estranho demais, não sei que fazer da minha vida. Acho que estou perdido.

- Não acho que você esteja perdido, você conseguiu achar uma loja onde vender 'Nerds' em tamanho gigante a caixa e trouxe pra mim. - ela falou sorrindo e me fazendo sorrir. - Bem, não posso ficar muito tempo, vou pra casa. Quer carona?

- Você é a única pessoa que oferece carona quando vamos pra casa de ônibus. - eu falei olhando pra onde nossos amigos estavam. - Eu aceito, já que minha presença ou falta dela ali não está sendo sentida.

...

Enquanto Cris tomava um banho já que ia sair eu fiquei na sala do apartamento dela olhando as fotos espalhadas pela parede branca onde as pessoas escreviam ou desenhavam, observei as memórias dela enquanto o barulho do chuveiro me acalmava. Estava já sorrindo como antigamente quando eu percebi no canto direito embaixo do ‘tema melhores lembranças’ uma foto da nossa turma numa festa. As sensações e lembranças vieram como uma avalanche na minha cabeça e de repente eu estava sentado absorvendo tudo com uma velocidade surpreendente.

Na minha cabeça a nossa historia passava: o dia que a conheci naquele museu, eu caindo e ela me socorrendo embora tivesse cicatrizes de quedas, o tanto de amigos que temos em comum, o seu sorriso sempre na minha direção. Oh céus! Como fui tolo em não querer ela pra mim desde aquele primeiro momento! O nosso primeiro beijo, um pedido suplicante seu que eu não queria dar, mas que depois me completava. O que éramos sem ser: o estar junto e separado enquanto você lia e eu fumava, o café que eu fazia pra você estudar enquanto eu jogava vídeo-game, o não marcar de sair e acabar se encontrando, a minha mania de estar lá fora sempre fumando um cigarro ou um baseado enquanto você ficava lá dentro fotografando suas memórias ou conversando e fazendo novos amigos. Até que um dia eu achava aquilo banal demais e terminamos, e quando reparei você já era minha melhor amiga e continuava ao meu lado mesmo quando eu me entreguei ao 'vício' ou quando conheci a Guty.

- Se você se machucar dessa vez não vou ter kit de primeiros socorros. - Cris falou já pronta ao meu lado. E ela estava tão linda com uma blusa branca simples, uma blusa de malha leve e seu jeans. Mas quando ela me tocou eu entendi que o sol que me aquecia era ela. E eu fiquei confuso. - Vai sair?

 - Sim. - ela falou pegando a bolsa. - Com o Jeremy. - o sorriso dela foi pequeno, mas me impressionou. Deveria ter tantas borboletas na barriga dela ao pronunciar o nome dele que fiquei com inveja.

- Desculpa. - eu falei me retirando. - Tenho que ir pra casa.

Ela apenas acenou com a cabeça, me dando um abraço demorado no qual absorvi todos os seus aromas de uma vez, eternizando-os na minha memória.

Sabe o que doía agora? Era saber que ela era diferente, espontânea e careta. E que mesmo ela não fazendo nenhuma das minhas loucuras eu podia saber que ela estava lá, do meu lado de alguma forma. E o estranho era saber que ela havia comentado desse Jeremy pra mim e eu ainda brincar que ele era certo pra ela. Como eu podia tê-la perdido assim?

....

Já na minha casa (onde minha mãe insistia em dizer que eu era mais feliz quando a Cris estava mais ao meu lado), eu abri a porta do meu quarto fechando-o em seguida para poder olhar mais uma vez a nossa foto furtada, onde naquela festa ela me pediu um beijo. A foto foi tirada antes desse beijo e eu nunca havia reparado que ela era tão sorridente pra mim. Segurando as lágrimas eu virei à foto pra perceber o que a legenda dizia num trocadilho com uma conversa nossa e então eu sabia que de alguma forma ela ainda era ou seria minha novamente.

- Você gosta de ilusão? É isso mesmo produção? - eu falei estranhando.

- Não exatamente. - ela falou sem tirar sua atenção do livro que tinha acabado de ganhar. - Só existe uma ilusão que eu gosto e que nunca me permito esquecê-la por mais distante que ela esteja.

Na foto nossos amigos estavam na frente fazendo palhaçadas enquanto estávamos ao fundo conversando como um  quase casal. A legenda apenas dizia: "Minha ilusão de Dia dos Namorados..."

E assim eu chorei pela primeira vez.

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Feliz Dia dos Namorados á todos. Que a ilusão vos acompanhe e embale seus mais doces sonhos. Quem lhe garante que ela não vai se tornar real? 


Ao som de More Than This – One Direction <3 


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Desculpa por não me apaixonar...


Mil desculpas por não me apaixonar e a mania das pessoas de quererem ouvir a verdade quando não querem isso de fato.

Não vou pedir desculpas pelo título desse texto ser grande, ou algo do tipo porque não é sobre isso que quero falar. Quero falar de uma conversa que tive com meu amigo e amor Lipe Marx na noite de ontem, ou o que seria a eterna continuação dessa conversa (que não me incomoda): a verdade num relacionamento.

Nunca fui de brigar à toa e sempre prefiro uma boa conversa sincera (mesmo que seja salgada com algumas lágrimas) do que ficar fazendo teorias na cabeça ou ficar nesse disse me disse. Pra mim um bom relacionamento começa com uma conversa. Não só aquela conversa quando você percebe que o sorriso da pessoa vai ficar na sua memória por bastante tempo, mas sim aquela conversa onde exclarecemos tudo o que queremos da vida e daquele relacionamento. Como se fosse um pacote de viagem sobre encomenda: onde você chega na atendente e fala o que quer, o que tem pra oferecer e do que gosta. Simples e prático, certo? Não.

Pode me chamar de coração frio, ou sem sentimento, mas nem sempre eu sou obrigada a me apaixonar. Você vai concordar comigo na hora que ler isso, e talvez fique confuso quando eu explicar um exemplo prático e real.

Existe uma pessoa, e devo admitir que não só pra mim ela é linda, fofa e legal. Isso é só a primeira impressão que você tem dela, mas depois você descobre que ela gosta das mesmas coisas que você, do mesmo seriado e além do mais é boa de cama (VISH!) e então ela passa algum tempo com você. E você adora a companhia dela, mas quando percebe não teve aquele click de se apaixonar do nada. E então você começa a se sentir culpado por não ter se apaixonado.

Começa a sentir culpa por querer cancelar uma 'saída' com essa pessoa pra fazer qualquer outra coisa. Sente-se obrigado a ser feliz na companhia dela, quando você não está. E então você começa a caçar desculpas pra não ter se apaixonado: talvez ela tenha sido rude ou fria nos últimos tempos, tenha se afastado, tenha comprado briga por causa da sua cena preferida num filme ou qualquer outra besteira, mas quando você levanta o olhar ela está lá na sua cozinha fazendo brigadeiro enquanto você está no sofá febril. Num suspiro você percebe que não está apaixonado e que quando contar isso a essa pessoa ela vai se sentir magoada.

A pessoa vai dizer que queria que você fosse sincero e que agradece pela atenção. Vai pegar as coisas dela, te dar um abraço apertado e um beijo na sua bochecha e vai dizer que vai pra casa estudar. Ah! Ela pode ir pra casa, mas não vai estudar: vai chorar porque naquele momento ela percebeu que gostava de você, ou percebeu antes, mas sua rejeição a machucou bastante.

Mas sinceramente? Sabe aquela conversa que você e aquela pessoa tiveram bem no começo do relacionamento? A de contar caso se apaixonasse? Pois é, ela foi esquecida e a sinceridade dessa relação foi deixada de lado. Bem, eu vou acabar pedindo desculpas por não me apaixonar e falar que nossos momentos foram legais e inesquecíveis, e estarei sendo sincero quando digo isso. E sabe porque?

Porque pedir desculpas não quer dizer apenas que você se sente culpado, quer dizer também que você preza muito a relação que tem com essa pessoa pra poder perder ela assim, que você foi corajoso em passar em cima do seu ego e pedir desculpas se arriscando de ser chamado de idiota, babaca e ainda levar um tapa e por ultimo que você espera sinceramente que a pessoa entenda que forçar algo agora pode estar impedindo ela de ser apaixonar de verdade e receber o mesmo sentimento em troca pelo carinha que ela esbarrou na esquina quando estava saindo da sua casa aos prantos.

Quem ler isso, ou pra quem já se apaixonou por mim e eu nem soube e também não retribui eu faço aqui o meu pedido de desculpas. Desculpas por ser cega e não perceber, por ter te colocado na terrível friendzone e por ter te machucado quando antes eu era a razão do seu sorriso. Pode ser praga sua ou apenas coincidência mas também vou chorar por coração partido e por alguém não ter se apaixonado por mim.

Minha ultima dica: peça desculpas mesmo que saiba que não está errado. Peça desculpas pra garantir que você vai conseguir dormir em paz durante a noite e para que no futuro essa pessoa entenda que você não quebrou ao menos uma das promessas que fez a ela: a de ser sincera.